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Por que o uso de antibióticos deve ser controlado

RV Ímola 27/07/2017
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Descoberto acidentalmente pelo inglês Alexander Fleming há quase 100 anos, o antibiótico revolucionou a medicina permitindo, pela primeira vez, o combate a infecções bacterianas até então mortais, como a pneumonia. O medicamento foi desenvolvido a partir de fungos que combatiam a proliferação desses micro-organismos. Os fungos em questão pertenciam ao gênero Penicillium – daí o nome Penicilina dado ao primeiro antibiótico da história.

 

Os antibióticos são então substâncias capazes de matar (bactericidas) ou inibir o crescimento de bactérias (bacteriostáticos). Os primeiros destroem diretamente as bactérias, enquanto que os últimos atuam na contenção da multiplicação das mesmas, o que facilita o combate por parte de nosso sistema imunológico.

 

Algumas doenças comuns causadas por bactérias, cujo uso dos antibióticos é eficaz, são a Meningite, a Pneumonia, a Tuberculose, a Sífilis, a Disenteria e a Leptospirose.

PERIGOS DO USO INDISCRIMINADO

 

Ao longo dos primeiros anos após descoberta revolucionária, achava-se que a bactéria era um inimigo definitivamente vencido. No entanto, o que se viu com o passar do tempo foi o surgimento de bactérias mais resistentes, resultado do uso indiscriminado dos antibióticos.

 

Mas como isso aconteceu? A seleção natural explica: esses medicamentos não exterminavam todos os micro-organismos, mas a maioria deles. No entanto, os poucos que sobreviviam obtinham um ambiente mais favorável à reprodução, e se proliferavam, ocupando o espaço deixado pelas bactérias mortas. Desta forma, quando as bactérias resistentes passaram à maioria, os primeiros antibióticos se tornaram inúteis.

 

Foi assim que a medicina descobriu o perigo do uso indiscriminado dos antibióticos: com o passar do tempo, perdem a eficácia. É por isso que o consumo desses remédios deve ser controlado por um médico especialista.

 

Além disso, a automedicação não é um perigo apenas para quem faz esta prática, mas para o próprio ser humano, já que assim estamos tornando as bactérias mais resistentes e criando superdoenças.

CONTROLE MÉDICO

 

A única maneira de se ter certeza do perfil de sensibilidade de uma bactéria é através do exame de cultura, que pode ser uma cultura de sangue (hemocultura), de urina (urocultura), de fezes (coprocultura), etc. Este teste é chamado de antibiograma, cujo resultado identifica o nome da bactéria e uma pequena lista de antibióticos aos quais é resistente e também sensível.

 

EFEITOS COLATERAIS

 

Ao mesmo tempo em que o antibiótico elimina as bactérias que causam as infecções, ele acaba também com as boas, como as encontradas no nosso intestino. Lá, elas atuam na digestão de carboidratos complexos e para outros serviços metabólicos, como a reabsorção de água e nutrientes pelo intestino.

 

Algumas classes de antibióticos também podem provocar má formação no feto durante a gravidez. Por isso, gestantes nunca devem tomar antibióticos sem o conhecimento do seu médico.

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