A asma e a bronquite são duas doenças comuns que afetam as vias respiratórias e, por terem sintomas parecidos, são frequentemente confundidas. Afinal, ambas levam à falta de ar, provocam “chiado” no peito, deixam a respiração ofegante, difícil e “cansada”. No entanto, é importante entender que se trata de enfermidades bem distintas que requerem tratamentos próprios e, no caso da asma, para a vida toda.
ASMA
É uma doença crônica – em alguns casos, genética – que não pode ser prevenida, e dificilmente é curada. Suas crises são desencadeadas por agentes alergênicos (ácaros, penas, pelos de animais) ou irritantes (fumo). Como resposta a esses estímulos, há o afilamento das vias respiratórias, os chamados ataques de “broncoespasmos”. Com a inflamação, os bronquíolos ficam inchados e se contraem, dificultando a passagem de ar durante a respiração.
Fatores emocionais, como situações de profundo estresse, e climáticos também podem levar a crises.
Tratamento
A única forma de curar a asma é eliminar a alergia causadora das crises por meio de vacinas. Mas isso é raro, e, na grande maioria das vezes, cabe ao paciente criar hábitos para conviver com a síndrome evitando o acometimento dos broncoespasmos.
A primeira delas é evitar ambientes que favoreçam a reação alérgica (lugares fechados com poeiras e pelos de animais, por exemplo).
Esses pacientes também devem fazer uso de medicamentos receitados por especialistas que desinflamam os brônquios pulmonares e facilitam a passagem do ar. Alguns exemplos de remédios são o Ventilam e o Symbicort, que são uma espécie de “bombinha” que o indivíduo pode usar nos momentos de sufoco.
BRONQUITE
A bronquite é causada pela inflamação das vias respiratórias, ou brônquios, devido à presença de substâncias infecciosas. Esta inflamação causa os mesmos sintomas da Asma: diminuem a passagem de ar, dificultando a respiração. Pode ser AGUDA – causada por vírus ou bactérias – ou CRÔNICA – por exposição prolongada a substâncias nocivas, como o fumo.
As bronquites agudas são autolimitadas e melhoram espontaneamente após algumas semanas. Para acelerar a melhora dos sintomas, o médico poderá recomendar remédios específicos, como antibióticos – em caso de infecção bacteriana – ou xaropes para tosse.
No caso das bronquites crônicas, elas ocorrem após a destruição e posterior cicatrização da parede das vias áreas e do tecido pulmonar ao seu redor. Levam a uma redução permanente do calibre dos bronquíolos e podem evoluir para o enfisema pulmonar, que afeta também os alvéolos, caso a exposição à substância nociva não seja interrompida.
O primeiro passo para o tratamento é eliminar o contato com os fatores irritantes – como o cigarro, por exemplo. O uso de medicamentos como corticoides, que controlam processo inflamatório dos brônquios, e broncodilatadores amenizam os sintomas e evitam que a doença se agrave.