O dia a dia de um hospital é movimentado e surgem, a todo momento, novas demandas e solicitações de diversas áreas, por isso, é necessário controle e organização.
Diante deste cenário, um ambiente que precisa de muita atenção dentro de uma instituição deste tipo é o estoque, afinal, nele ficam armazenados medicamentos e equipamentos para uso de médicos e pacientes.
Comece a classificação pela tecnovigilância
Sendo assim, a melhor alternativa para realizar a gestão da cadeia de suprimentos hospitalar de forma eficiente e segura, sem dúvidas, é classificar todos os itens armazenados.
Esse processo tem seu princípio na tecnovigilância, que analisa o desempenho dos produtos hospitalares prezando sempre pela segurança sanitária quando tais artigos são utilizados para promover e manter a saúde dos pacientes.
Depois dos dados das análises serem enviados à Vigilância Sanitária, é que se dá início ao próximo passo: a classificação de acordo com a tecnovigilância
Confira abaixo alguns exemplos:
- Equipamentos e suprimentos de diagnóstico: estetoscópios, eletrocardiógrafos e termômetros.
- Equipamentos de terapia: leitos hospitalares, tanques de oxigênio e máquinas de hemodiálise.
- Equipamentos de apoio médico-hospitalar: bombas de infusão e lasers médicos.
- Materiais descartáveis: agulhas, bandagens, máscaras e luvas.
- Materiais implantáveis: marcapassos cardíacos, desfibriladores e parafusos de metal.
Atenção: esses são apenas alguns itens de uma extensa lista de classificação.
Classificação geral dos produtos hospitalares
Tão importante quanto os exemplos citados acima, é também a categorização de acordo com o risco de contaminação de cada produto hospitalar. Uma gestão que se preocupa em fazer essa classificação está prezando pela segurança do hospital como um todo, incluindo médicos e pacientes. Veja a seguir:
Artigos críticos: são os que entram em contato com o sistema vascular ou com tecidos estéreis do corpo humano como trato respiratório, vísceras, ossos, articulações, músculos e sangue. Os instrumentos dessa classificação devem ter máxima esterilização pois podem causar uma grave infecção no paciente.
Artigos semicríticos: são itens que entram em contato com feridas ou mucosa. Alguns exemplos que posso citar são equipamentos de endoscopia e colonoscopia.
Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato com a pele do paciente sem ferimentos e não apresentam risco de infecção como as comadres e aparelhos de pressão.
Portanto, dedicar um tempo para cuidar da armazenagem de um hospital, contabilizando itens, classificando produtos e registrando entradas e saídas reduz as chances de erros e oferece mais segurança a todos da equipe e público final.
Por: Patrícia Lazzarini